segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

• A outra porta

Talvez isso já tenha acontecido com você, pois é uma cena muito comum em estacionamentos de shoppings e condomínios...
Você chega para apanhar o carro, geralmente com pressa, mas outro veículo está estacionado bem ao lado do seu, impedindo você de abrir a porta e entrar no carro.
O que fazer, então? Xingar, chamar o irresponsável e dizer-lhe umas verdades, brigar com o porteiro, com o síndico, ou chutar os pneus do veículo infrator...
Essas talvez sejam as atitudes mais comuns. Mas será que resolvem o problema? Ou será que acabam azedando ainda mais o seu dia e provocando um atraso maior aos seus compromissos?

Embora para muitos de nós as reações violentas sejam as que brotam mais facilmente, é importante pensar em soluções, em vez de nos debater e piorar a situação. Indignados com o motorista descuidado que bloqueou a porta do nosso veículo, provocamos uma guerra de nervos. Mas uma guerra que acaba só com os nossos próprios nervos, pois o infrator talvez esteja dormindo, fazendo suas compras calmamente...

Nesse caso, não seria melhor pensar um pouco e buscar uma solução para o problema?
Quando desejamos solucionar o problema em vez de encontrar e punir o culpado, nós acharemos outra saída, ou melhor, outra entrada... Há uma porta do outro lado do veículo, a porta do passageiro. Que tal entrar por ela? Dá um pouco de trabalho, mas dá certo. Seria uma solução inteligente. Resolveríamos o problema e pouparíamos os nossos nervos.

Figuradamente, em todas as situações da vida há sempre uma outra porta, uma outra janela, uma outra saída... Basta que desejemos encontrar soluções e não culpados.
O que geralmente nos paralisa e nos embrutece diante de situações difíceis, é o orgulho. O orgulho é sempre um mau conselheiro, em todas as circunstâncias.
O orgulho sempre sugere que isso não pode ficar assim, que é preciso dar uma lição no responsável pelo problema, que é preciso revidar, tomar satisfação, brigar.

Já a sabedoria aconselha: saia dessa, busque a outra porta, não vale a pena declarar guerra, você também erra, e quando isso acontece você deseja o perdão e a indulgência.
A sabedoria diz: vá em frente, não detenha o passo. A sua irritação não solucionará problema algum. Aja com inteligência, não reaja. A reação é própria dos irracionais.

Optar entre os conselhos do orgulho ou os da sabedoria, cabe exclusivamente a você, e a ninguém mais. Assim, lembre-se sempre que tornar as coisas mais difíceis ou facilitá-las, é uma decisão sua. Só sua.
E facilitar pode ser exatamente dirigir-se à outra porta, abri-la, entrar, dar partida e tocar em frente, sem irritação, nem aborrecimentos desnecessários.

Os rios, caudalosos ou não, diante dos obstáculos desviam seu curso, superam barreiras e seguem seu caminho, levando em seu leito inúmeros benefícios por onde passam.
Você, mais do que os rios, traz em sua intimidade mil maneiras de contornar obstáculos e solucionar problemas, com sabedoria.
Se a vida lhe impede de entrar por uma porta, abra outra. Contorne os obstáculos, vença os desafios. Você é capaz. Pense nisso!


(E-mail recebido)
Na fé, obr. Tami!

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