quinta-feira, 4 de novembro de 2010

• Sensíveis como crianças...

Isabel é uma garotinha de apenas 8 anos. Por ser a irmã mais velha, constantemente sentia ciúmes de sua irmã caçula, Aninha. Um dia, Aninha ganhou uma linda festa de aniversário para comemorar seus 5 anos de idade. Paparicos pra cá, fotos e presentes pra lá, carinho do pai aqui, beijos da mãe ali, enfim, tudo isso ia irritando a pequena e enciumada Isabel.
Em um determinado momento da festa, Isabel observou que Aninha estava sozinha. Ao chegar perto da irmã, Isabel disparou: “A sua festa tá muito chata. O seu vestido é feio e você tá horrível!”
Coitada, isso foi o suficiente para que Aninha caísse no choro. A menina agarrou o pai e o abraçou tão forte, que para ela ele era a única pessoa capaz de protegê-la da própria irmã. O pai, comovido, abraçou a caçula e chamou a atenção da filha encrenqueira.
Isabel sentiu uma dor tão forte ao ver sua irmã aos prantos que também não resistiu. A tristeza não foi pela bronca, mas porque viu o estrago que havia feito na irmã. Ela saiu de fininho e foi direto para o banheiro. Trancou-se por alguns instantes e chorou, chorou tanto que soluçava. E sempre que se lembrava das palavras proferidas à Aninha, mais Isabel se entristecia e pedia perdão para Deus.
A pequena Isabel, mesmo sendo uma criança, reconheceu que estava errada. Ela soluçava, passava a mão no rosto ensopado de lágrimas e buscava um perdão que para ela só Deus podia lhe dar.


Aí está a beleza da criança. E neste episódio podemos entender o que o Senhor Jesus quis dizer quando falou:
“Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no reino dos céus. Portanto, aquele que se humilhar como esta criança, esse é o maior no reino dos céus.” (Mateus 18: 3-4)

A criança, por ser dotada de humildade, não consegue resistir ao ensino. Não é à toa que essa é a melhor fase para o ser humano aprender algo. É neste período que temos a capacidade de aprender coisas boas e ruins, porque é o momento em que nos tornamos mais sensível às diversas vozes que se apresentam a nós.

Sabemos que o meio em que vivemos quando criança influenciou e muito nossas vidas hoje. Naquela época, aprendemos e assimilamos o que víamos e ouvíamos de nossos pais, parentes, vizinhos e outras pessoas porque tínhamos uma grande sensibilidade para isso. Éramos inocentes pessoas que precisavam de ensino e orientação. E não discutíamos por isso. Não questionávamos e também não resistíamos aos ensinamentos que nos davam. Mas quando crescemos, passamos a ter uma espécie de orgulho, que nos impede de aprender mais, ouvir mais e questionar menos. Com o tempo, perdemos essa essência da infância que é tão fundamental para a nossa salvação.

O Senhor Jesus veio para salvar o perdido. Ele se deu ao trabalho de morrer (e sofrer) para trazer vida e luz para quem se encontra perdido e na escuridão. Ele veio para todos nós. Mas não são todas as pessoas que reconhecem, como a pequena Isabel, a necessidade de pedir o Seu perdão. E também não conseguem, assim como ela, ter a humildade de se humilhar perante Deus.

A atitude que Isabel teve de reconhecer o erro e de clamar pelo perdão de Deus nos ensina que a sensibilidade à voz dEle nos permite ser pessoas melhores, humildes e aptas a entrar em Seu Reino. Se chegarmos ao nível de uma criança, seremos capazes de chegar ao coração do Pai.


(Artigo retirado do site Arca Universal).
Na fé, obr. Tami!

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