quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

• Piolho verbal!



Se seu filho diz muitos palavrões, cuide dos que você fala...

"Se você não usa palavrões, não permita que seu filho o faça.
Se você sempre usa palavrões no seu vocabulário cotidiano, foi com você que seu filho aprendeu.
Se você nunca fala, então seu filho aprendeu em algum lugar ou com alguém. Ele trouxe dos lugares onde frequenta ou das pessoas com quem anda os tais palavrões que são "piolhos verbais".
Chamo os palavrões de piolhos orais porque eles são falados e, quando proferidos em acompanhamento de específicas ações, viram piolhos comportamentais.
Geralmente, os palavrões são ofensivos e destrutivos, pois são descargas emocionais inadequadas de sensações de frustração, de raiva, de inveja, de dor, que em vez de resolver os problemas, somente os complicam. Tal como os piolhos, eles se instalam nas mentes dos seus usuários e sugam-lhes a saúde relacional. Os palavrões se instalam no cérebro pelo uso constante, a ponto de estabelecerem um curto-circuito nele e os piolhos saltarem antes das soluções.
Graças à natureza da espécie humana, nascemos sem saber falar e aprendemos a língua mãe por convivência. É esta a via contaminadora dos piolhos orais: convivência.
Os filhos aprendem não somente o que seus pais falam, mas também o que as outras pessoas lhes ensinam.
O melhor remédio contra os piolhos orais é a educação que ensine a fraternidade a cada um dos seres humanos, eliminando o preconceito, o egocentrismo, a arrogância, o abuso, a tirania, a destrutividade, por meio de um pente fino em suas falas. Dessa forma, é possível criar um calor afetivo que desmancha qualquer mau humor, ninho dos palavrões e suas lêndeas."

(Artigo escrito por Içami Tiba, psiquiatra, educador e escritor de vários livros sobre educação)


Achei interessante o artigo dele, resolvi postar!
Na fé, obr. Tami!

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